Indique um amigo: o paradoxo do aumento de base

As campanhas conhecidas como Indique um amigo fazem parte da estratégia de crescimento de base das empresas com operação digital. Basicamente, essa abordagem incentiva que os clientes atuais informem à marca o e-mail de amigos e familiares para que eles também passem a fazer parte da sua base de contatos, geralmente oferecendo algum benefício, caso o e-mail indicado aceite receber seus emails.
Até aí tudo bem? Mais ou menos.

Onde mora o problema?

Apesar de ser uma ação relativamente simples, ela resulta em um dos aspectos mais sensíveis do e-mail marketing: o envio de emails sem a permissão do cliente.
A grande questão é que, após um cliente indicar o endereço eletrônico de um amigo, a marca precisa se comunicar com a pessoa indicada para que ela aceite receber e-mails promocionais desta marca. O resultado é o paradoxo: como enviar um e-mail pedindo a permissão para começar a enviar e-mails? Mas não se preocupe, existe uma solução.
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Solucionando o paradoxo

Primeiramente, é importante ter em mente o que talvez seja o maior mandamento do e-mail marketing: nenhum conteúdo promocional deve ser enviado para um contato que não tenha dado a permissão explícita para recebê-lo. Portanto, a comunicação da ação de Indique um Amigo deve ser pensada de forma relacional e não promocional. Ou seja, o objetivo é iniciar um relacionamento com esse novo contato, e não forçar uma venda logo de cara.
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Existem duas abordagens possíveis para a implementação desta ação. Veja quais são:


1) Se sua empresa possui um IP Transacional
A maior parte das ferramentas de e-mail marketing permitem enviar mensagens transacionais para clientes opt-out. Sendo assim, quando um atual cliente fizer a indicação de um e-mail, o endereço indicado deve ser incluído na sua base de contatos como opt-out, visto que ele ainda não deu permissão para receber e-mails.
Tendo um IP transacional, será possível enviar um e-mail para este contato, dizendo que ele foi indicado para fazer parte da sua base de relacionamento. A comunicação deve ser transparente e deixar claro quem o indicou.
Um call-to-action simples e chamativo deve levá-lo a confirmar que, de fato, deseja receber os e-mails da sua empresa. Somente ao clicar nesse call-to-action, a pessoa deverá ser tornar opt-in na sua lista e começar a receber seus conteúdos promocionais, o que pode ser feito de modo automático ou manual por meio de uma campanha de boas-vindas.


2) Se sua empresa não possui um IP transacional
Nesse caso, implementar o indique um amigo pode ser um pouco mais difícil, mas também é possível. Os indicados precisarão entrar como opt-in na sua lista de contatos, porém não devem receber campanhas promocionais até que ele clique no call-to-action da campanha de Indique um Amigo, confirmando que deseja receber os e-mails da sua marca.
Uma forma de facilitar a operacionalização dessa abordagem é, caso a pessoa não clique no call-to-action num determinado período (por exemplo, nos próximos 30 dias), ele automaticamente é transformado em opt-out. Isso garante que, no futuro, ele não receba conteúdos promocionais por engano. Caso contrário, e-mails enviados sem autorização podem gerar altas taxas de spam complaint, o que pode contribuir para os demais e-mails caírem no spam e reduzir a entregabilidade geral.
Agora que o paradoxo foi resolvido, você já sabe como fazer a correta implementação da ação de indique um amigo, aumentando sua base de contatos sem ferir as escolhas dos seus clientes e prospects.


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