[:pt]O que aprendemos sobre o futuro no SXSW[:en]What we learned about the future during SXSW[:es]Lo que hemos aprendido sobre el futuro durante el SXSW[:]

[:pt]O South by Southwest 2017 rendeu muitos insights para o mercado. Difícil foi escolher entre assistir tantos painéis que aconteciam ao mesmo tempo e as inúmeras atrações abordando cultura, design e inovação. Nosso correspondente Victor Rodrigues trouxe as maiores lições do evento sobre o futuro para compartilhar conosco. Vamos lá?
 
O protagonista sou eu
Todos os setores estão sendo impactados pelo posicionamento online de seus respectivos públicos. A própria indústria da moda já entendeu que quem está no controle das tendências é o consumidor. Está surgindo também um novo tipo de narrativa dentro da criação de conteúdo, tornando desde o storytelling de jogos até documentários imersivos em primeira pessoa focados no ser humano. Essa transformação promete ser o novo marco depois do cinema 3D.
Desde as séries da Netflix, criadas a partir de dados coletados a partir dos interesses dos usuários às campanhas criadas a partir das manifestações online de clientes, o mercado já não tem dúvida que o cliente é protagonista, roteirista e diretor de cada aspecto do que consome. E com consumidores empoderados, não existe espaço para imposição.
 
O futuro é humano
Muito se falou em inteligência artificial e sistemas cognitivos como o Watson (sistema cognitivo que entende expressões humanas, sejam elas textuais, verbais ou visuais) como fatores que trariam demissões em massa ao redor do mundo. Os robôs de room service já são uma realidade e estão tornando o serviço mais rápido e eficiente nos grandes hotéis. É verdade que a capacidade cognitiva das máquinas chegou a um nível impressionante, mas as sutilezas que nos fazem humanos não são passíveis de reprodução artificial.
Quem estava com medo de que as máquinas tomassem os postos de trabalho e dominassem o mundo pode ficar tranquilo. A verdade é que o trabalho braçal e mecânico dará lugar a novas ocupações criativas e cada vez mais humanas num futuro mais próximo do que você imagina. Tenha em conta que 50% das profissões que existirão nos próximos 5 anos ainda nem sequer foram inventadas. O espaço dos humanos, cuja expectativa e qualidade de vida não para de crescer, será muito mais voltado a manutenção da qualidade de vida e atividades criativas.
 
A força da diversidade
O Brasil foi muito bem representado pela Avon, cliente da Pmweb, em sua participação no painel de marcas & diversidade. Embora a realidade brasileira seja a mais mortal do mundo para a população LGBTQ+, Rafaela Gobara mostrou o quanto as atitudes afirmativas da Avon estão criando visibilidade.
Pensando em como poderiam representar melhor o seu público brasileiro nas comunicações, a abordagem autêntica da marca agregou valor pela causa social defendida e alcançou números expressivos sem usar mídia tradicional. O engajamento gerado foi sem precedentes, dando voz a milhares de pessoas e provocando reflexões sobre o tema enquanto vendia mais do que nunca. Tudo isso sem focar a comunicação em produtos.
 
Enjoy the ride
O foco do design está mudando e abrindo espaço para uma interação focada no humano, guiada pelas emoções. Yu-kai Chon, especialista em gamification, deu uma palestra sobre seu método Octalysis e sua ruptura com a ideia do design atrelado à função e linha de produção. A abordagem propõe que todo o processo, do desenvolvimento à experiência, seja focado em motivação.
Ao invés de apertar botões ou preencher um formulário de forma mecânica para chegar a um objetivo final, o usuário interage com a plataforma de forma lúdica e se diverte no processo. O consumidor millennial busca satisfação durante toda a experiência e  não quer passar por um processo cansativo e burocrático para ter sua recompensa.
 
Vamos longe e vamos juntos
Para inovar no mundo conectado em que vivemos, precisamos combinar forças. Entre parques tecnológicos, coworking, centros de inovação e hackathons (que atraem estudantes), as marcas que compartilham de uma visão e se identificam com os mesmos valores estão se unindo enquanto parceiros estratégicos para ir mais longe.
Em recente parceria entre Google e Levi’s foi lançada a Jacquard, uma jaqueta para ciclistas baseada no princípio IoT (internet das coisas, em tradução livre). Dois negócios aparentemente desconexos foram capazes de, juntos, criar um wearable de U$ 350 extremamente sensível, baseado em um tecido especial desenvolvido pela Google para obedecer comandos ao toque, como ler mensagens, dar play/pause e outras funções. Essa parceria prova que, trabalhando juntos, ideias inovadoras e disruptivas tem mais chance de florescer. E isso é só o começo.
 
Apesar de todos estes insights, a mensagem unânime que extraímos do evento é que nada é imutável e precisamos estar preparados para nos reinventar todos os dias. O futuro é dos inquietos e a zona de conforto não é mais um luxo, e sim um obstáculo entre a sua empresa e a liderança de mercado. O SXSW não é  um oráculo, mas uma oportunidade para despertar o espírito de inovação que habita em você. Aproveite 2017 para colocar suas ideias em ação e ver mais longe sobre os ombros de gigantes.[:en]South by Southwest 2017 yielded many insights for the marketing industry. The hard part was to choose between so many panels and attractions happening at the same time, addressing culture, design, and innovation. Our correspondent Victor Rodrigues brought home the crème de la crème of the event about what the future holds. Ready?

The protagonist is me

All industries are feeling the impact of their audience’s online presence. The fashion industry itself understood that the consumer is in control of what’s trending. Also, a new approach to narrative is taking over content creation, ranging from the storytelling of games to immersive, first-person documentaries. This transformation promises to be the new milestone after 3D movies.
From Netflix shows, created from data collected from users’ interests to campaigns created from users requests on social media, the market has no doubt that the client is the protagonist, screenwriter and director of each aspect of what they consume. And with empowered consumers, there is no room for pushing.

The future is human

Much was said about artificial intelligence and cognitive systems like Watson (a cognitive system that understands textual, verbal or visual human expressions) as factors that would bring about massive layoffs around the world. Room service robots are already a reality and are making service faster and more efficient in large hotels. It is true that machine learning has reached an impressive level, but one thing is certain: the subtleties that make us human are not amenable to artificial reproduction.
If anyone was afraid that machines would take over our jobs and rule the world, they can put their concerns to rest. The truth is that manual labor will give way to new and more humane creative occupations in the near future than you realize. Keep in mind that 50% of the professions that will exist in the next 10 years have not even been invented yet. The space of humans, whose expectation and quality of life will not stop growing, will be much more focused on maintaining the quality of life and creative occupations.

The power of diversity

Brazil was very well represented by Avon, a client of Pmweb, in its participation in the brands & diversity panel. Although the Brazilian reality is the world’s deadliest for the LGBTQ+ population, Rafaela Gobara showed how Avon’s affirmative attitudes are creating visibility.
Thinking about how they could better represent their Brazilian public in communications, the authentic approach of the social cause generated strong brand advocacy and reached expressive numbers without using traditional media. The engagement level was unprecedented, giving voice to thousands of people and provoking reflections on the subject while selling more than ever. All this without focusing its communication in products.

Enjoy the ride

The focus of design is shifting and making room for emotion-driven interaction. Yu-kai Chon, a gamification expert, gave a talk about his Octalysis method and his rupture from the idea of design as a production line. The approach proposes that the whole process, from development to experience, be focused on motivation.
Instead of pushing buttons or filling a form mechanically to reach a goal, the user interacts with the platform in a playful way and has fun in the process. The millennial consumer seeks satisfaction throughout the experience and does not want to go through a tiresome and bureaucratic process to have his reward.

We’re going far and we’re going together

To innovate in the connected world we live in, we need to combine forces. Between technology parks, coworking, innovation centers and hackathons (which attract students), brands that share a vision and identify with the same values are uniting as strategic partners to go further.
In a recent partnership, Google and Levi’s launched the Jacquard, a jacket for cyclists based on the IoT principle. Two seemingly disconnected businesses were able to create a U$ 350 wearable, based on a special fabric developed to obey touch commands such as reading messages, play/pause and other functions. This partnership proves that by working together, innovative and disruptive ideas are more likely to flourish. And that’s just the beginning.
 
Despite all these insights, the unanimous message we draw from the event is that nothing is unchanging and we need to be prepared to reinvent ourselves every day. The future is for the restless and the comfort zone is no longer a luxury, but an obstacle between your company and the market leadership. SXSW is not an oracle, but an opportunity to awaken the spirit of innovation that dwells in you. Make sure to put your ideas into action in 2017 and see further on the shoulders of giants.[:es]El South by Southwest 2017 dio muchas ideas para la industria del marketing. La parte más difícil fue escoger entre tantos paneles y atracciones que suceden al mismo tiempo, hablando de cultura, design y innovación. Nuestro correspondiente Victor Rodrigues trajo las mayores lecciones del evento acerca del futuro para compartir con nosotros. ¿Estás listo?

El protagonista soy yo

Todas las industrias están sintiendo el impacto de la presencia online de su audiencia. La industria de la moda en sí entiende que el consumidor está en control de lo que es tendencia. Además, un nuevo enfoque de la narrativa se hace cargo de la creación de contenidos, que van desde la narración de los juegos a la inmersión, documentales en primera persona. Esta transformación promete ser el nuevo hito después de películas en 3D.
Desde las series de Netflix, creadas a partir de los datos recogidos de los intereses de los usuarios a las campañas creadas a partir de las solicitudes de los usuarios en las redes sociales, el mercado no tiene ninguna duda de que el cliente es el protagonista, guionista y director de cada aspecto de lo que consume. Y con los consumidores protagonistas no hay espacio para empujar.

El futuro es humano

Se ha hablado mucho acerca de la inteligencia artificial y los sistemas cognitivos como Watson (que entiende expresiones humanas, sean textuales, verbales o visuales) como factores que provocarían despidos masivos en todo el mundo. Robots de servicio de habitaciones son ya una realidad y están haciendo un servicio más rápido y más eficiente en los grandes hoteles sin substituir el equipo humano. Es cierto que el aprendizaje de las máquinas ha alcanzado un nivel impresionante, pero una cosa es cierta: las sutilezas que nos hacen humanos no son susceptibles de reproducción artificial.
Si alguien tenía miedo de que las máquinas se harían cargo de nuestros puestos de trabajo y gobernarían el mundo, pueden acalmarse. La verdad es que el trabajo manual dará paso a nuevas ocupaciones creativas y más humanas en un futuro cercano. Tenga en cuenta que el 50% de las profesiones que existirán en los próximos 10 años aún no se han inventado. El espacio de los seres humanos, cuya expectativa y calidad de vida no va a dejar de crecer, será mucho más centrado en el mantenimiento de lo que nos hace humanos.

El poder de la diversidad

Brasil fue muy bien representado por Avon, un cliente de Pmweb , en su participación en el panel de marcas y diversidad. Aunque la realidad brasileña es la más mortal del mundo para la población LGBTQ+, Rafaela Gobara mostró cómo las actitudes positivas de Avon están creando visibilidad.
Pensando en cómo podrían representar mejor a su público brasileño en las comunicaciones, el enfoque auténtico de la causa social generó un fuerte apoyo a la marca y alcanzó números expresivos sin necesidad de utilizar medios de comunicación tradicionales. El nivel de compromiso no tenía precedentes, dando voz a miles de personas y provocando reflexiones sobre el tema mientras que vendía más que nunca. Todo esto sin enfocar su comunicación en los productos.

Disfruta el viaje

El enfoque de diseño se está desplazando y haciendo espacio para la interacción impulsada por la emoción. Yu-kai Chon, un experto en gamification, dio una charla sobre su método Octalysis y su ruptura con la idea del diseño como línea de producción. El enfoque propone que todo el proceso, desde el desarrollo de la experiencia, se centre en la motivación.
En lugar de apretar botones o llenar un formulario mecánicamente para alcanzar un objetivo, el usuario interactúa con la plataforma de una manera lúdica y se divierte en el proceso. El consumidor millennial busca la satisfacción a través de la experiencia y no quiere pasar por un proceso tedioso y burocrático para tener su recompensa.

Vamos lejos y vamos juntos

Para innovar en el mundo conectado en el que vivimos, necesitamos combinar fuerzas. Entre los parques tecnológicos, el coworking, centros de innovación y hackathons (que atraen a estudiantes), las marcas que comparten una visión y se identifican con los mismos valores están uniéndose como socios estratégicos para ir más lejos.
En una reciente asociación, Google y Levi’s puso en marcha Jacquard, una chaqueta para los ciclistas basado en el principio de la IoT. Dos empresas aparentemente desconectadas fueron capaces de crear un wearable de U$ 350, sobre la base de un tejido especial desarrollado para obedecer comandos táctiles tales como mensajes de lectura, reproducción/pausa y otras funciones. Esta asociación demuestra que trabajando juntos, ideas innovadoras y disruptivas son más propensas a florecer. Y eso es sólo el principio.
A pesar de todos estos insights, el mensaje unánime que sacamos de este evento es que nada es inmutable y tenemos que estar preparados para reinventarnos cada día. El futuro es para los inquietos y la zona de conforto ya no es un lujo, sino un obstáculo entre su empresa y el liderazgo en el mercado. El SXSW no es un oráculo, sino una oportunidad para despertar el espíritu de innovación que habita en usted. Aproveche 2017 para poner sus ideas en acción y ver más lejos sobre los hombros de gigantes.[:]