[:pt]O potencial do Airbnb em se transformar em um parceiro de distribuição[:en]Airbnb’s Potential to Become a Distribution Partner – by David Kong[:es]El potencial de Airbnb en convertirse en un socio de distribución[:]

[:pt]O crescimento da Airbnb tem sido explosivo. De acordo com um recente artigo do Wall Street Journal, a empresa gerou U$ 340 milhões de receita no terceiro trimestre de 2015 e totalizando U$ 2,2 bilhões em reservas. O número de noites reservadas dobrou de 11,3 milhões no terceiro trimestre de 2014 para 23,8 milhões em 2015.
Desde que o Airbnb se tornou uma presença dominante na economia de compartilhamento, muitos na indústria hoteleira têm lutado com a possibilidade de combatê-lo ou fazer parte dele.
Como uma indústria, é difícil esquecer o que aconteceu depois de 9/11. Aquela foi uma época que estávamos lutando pela sobrevivência e começamos a desgraçar a nós mesmos, dando mais e mais inventário para as OTAs e concordando com comissões cada vez mais altas. Ao “alimentar a besta”, criamos um enorme problema para a indústria.
A demanda incremental impulsionada pelas OTAs sempre foi pequena e esses intermediários gastam grande parte do seu dinheiro em marketing. O efeito disso é ter a mesma quantidade de negócios fechados, mas seguir aumentando drasticamente nossas despesas de comissão. E com as suas receitas adicionais, as OTAs podem investir ainda mais em marketing e em tecnologia de ponta. Agora elas estão em posição de abocanhar, e estão abocanhando, uma fatia ainda maior da nossa receita, aumentando ainda mais os custos das nossas comissões.
“Nossa indústria está comemorando o melhor ano em relação a ocupação e taxa média. Agora, imagine se nós não tivéssemos de pagar às OTAs o quão mais rentável seria. Não é de se admirar ouvirmos, em conferências da indústria, hoteleiros lamentarem e com raiva salientarem que, se a indústria não der nenhum inventário para as OTAs, estaria fora do negócio.”
E, enquanto alguns CEOs de grandes marcas têm descontado o impacto do Airbnb, eu acredito que devemos considerar o porquê de ele ser valorizado por sofisticados investidores e o fato de sua marca valer mais do que a de Choice Hotels, Wyndham ou Hyatt. Na verdade, na última rodada de financiamento, o Airbnb foi avaliado como sendo o equivalente à marca Hilton. Qual fluxo de receita esses investidores estão considerando para o Airbnb?
Com tráfego e inventário invejáveis, o Airbnb tem rivalizado com as maiores OTAs, alguns argumentam que fazer uma parceria com a empresa forneceria aos hotéis uma alternativa frente a algumas das principais OTAs. Na verdade, o Airbnb visa cada vez mais hotéis independentes para aparecer em suas listas.
Eu tenho ouvido alguns profissionais da indústria dizerem que este é um caso em que se você não pode vencê-los, deve juntar-se a eles. Se já estamos trabalhando com OTAs, por que não com o Airbnb? Existe uma vantagem inédita de se juntar ao Airbnb? Enquanto as OTAs gerarem negócios, a hotelaria não deve subestimar o efeito de canibalização.
Certamente, cada hotel deve observar que quanto mais reservas recebemos de OTAs, mais clientes que costumavam reservar diretamente conosco estão fazendo por meios das agências online. Essa canibalização vai ter fim? De acordo com a PhoCusWright, a participação das OTAs nos negócios aumentou de 1,7% em 2000 para 17,7% em 2015. Temos de ponderar o tamanho que esse share alcançará em cinco anos. A essa taxa de crescimento, o negócio ainda será rentável?
À medida que considerarmos a possibilidade de trabalhar com o Airbnb, devemos estar atentos, pois a história geralmente se repete.
Sobre o autor
David Kong é presidente e CEO da Best Western Hotels & Resorts desde 2004. A empresa tem cerca de 4.200 hotéis em mais de 110 países com faturamento anual superiores a US $ 6 bilhões.[:en]Airbnb’s growth has truly been explosive. According to a recent article in the Wall Street Journal, Airbnb generated $340 million of revenue in the third quarter of 2015, with bookings totaling $2.2 billion. The number of nights booked has doubled from 11.3 million in the third quarter of 2014 to 23.8 million in 2015.
Since Airbnb has become a dominating presence in the sharing economy, many in the hotel industry have wrestled with whether to fight it or join it.
As an industry, it’s difficult to forget what happened after 9/11. This was a time when we were fighting for survival and began bastardizing ourselves, giving more and more inventory to OTAs and agreeing to higher and higher commissions. By “feeding the beast,” we created a huge problem for the industry.
Incremental demand driven by OTAs has always been small; and, OTAs spend the bulk of their money on marketing. The net effect is that we do about the same amount of business, but our commission costs continue to increase dramatically. And with their additional revenues, the OTAs can invest in even more marketing and enhanced technology. Now they are in a position to take, and they are taking, an even bigger share of our revenue, driving our commission costs up even higher.
Our industry is celebrating the best year ever in regards to occupancy and average rate. Imagine, if we didn’t have to pay the OTAs, how much more profitable we would be. It’s no wonder at industry conferences we hear hoteliers lament and angrily point out that if the industry didn’t give any inventory to the OTAs, they would be out of business.
And, while many big brand CEOs have discounted the impact of Airbnb, I believe we should consider why Airbnb is valued by sophisticated private equity investors as worth more than Choice Hotels, Wyndham, or Hyatt. In fact, in the last round of funding, Airbnb was valued to be equivalent to Hilton. What revenue stream are these sophisticated investors counting on for Airbnb?
With Airbnb’s incredible inventory and site traffic rivaling the biggest OTAs, some argue that partnering with the company would provide hotel companies with an alternative to some of the major OTAs. Indeed, Airbnb is increasingly targeting independent and branded hotels to list with them.
I have heard some in the industry say this a case where if you can’t beat them, you join them. If we are already working with OTAs, why not Airbnb? Is there a first-mover advantage to joining Airbnb?
While the OTAs produce business, the industry cannot underestimate the cannibalization effect.
Certainly, every hotel should note that the more bookings we receive from OTAs, the more customers that used to book with us directly are booking through the OTAs. Is there an end to this cannibalization? According to Phocuswright, the OTA share of business increased from 1.7 percent in 2000 to a projected 17.7 percent in 2015. We need to ponder what their share will be in five years. At that rate of growth, will we still be profitable?
As we consider whether to work with Airbnb, we should be mindful—history usually repeats itself.
About the Author
David Kong has been president and CEO of Best Western Hotels & Resorts since 2004. The company has nearly 4,200 hotels in over 110 countries with annual hotel revenue exceeding $6 billion.
 

Article originally written for Lodging Magazine.

[:es]El crecimiento de Airbnb ha sido explosivo. De acuerdo con un reciente artículo en el Wall Street Journal, la compañía generó U$ 340 millones de ingresos en el tercer trimestre de 2015 y ascendió a U$ 2.2 mil millones en reservas. El número de noches reservadas se duplicó en el tercer trimestre de 11,3 millones en 2014 para el 23,8 millones en 2015. Desde que Airbnb se ha convertido en una presencia dominante en la economía de intercambio, muchos en la industria hotelera están en duda entre luchar contra o aliarse a él.
Como industria, es difícil de olvidar lo que sucedió después del 9/11. Fue un momento en que los americanos estaban luchando por la supervivencia y comenzaron a desgraciar a si mismos, dando más y más inventario a las OTAs y concediendo comisiones cada vez más altas. “Alimentando a la bestia”, hemos creado un gran problema para la industria.
La demanda incremental impulsada por agencias de viajes online siempre ha sido pequeña y estos intermediarios ponen gran parte de su dinero en marketing. El efecto de esto es tener la misma cantidad de ventas, pero luego aumentar drásticamente los gastos de comisión. Y con sus ingresos adicionales, las agencias de viajes online pueden invertir más en marketing y tecnología. Ahora están en una posición para apoderarse (y lo están haciendo) de una proporción aun mayor de nuestros ingresos, aumentando aun más nustros costos con comisiones.
La industria está celebrando el mejor año en ocupación y diaria media*. Ahora, imagine si no tendríamos de pagar a las agencias de viajes online cuánto más rentable que sería. No es de extrañar oírmos, en las conferencias de la industria, los hoteleros lamentandose subrayar con ira que si la industria no da ningún inventario para las agencias de viajes online, estara fuera de negocio.
Y mientras que algunos CEOs de grandes marcas han descontado el impacto de Airbnb, creemos que debemos tener en cuenta por que él es valorado por inversores sofisticados y el hecho de que su marca vale más que los Hoteles Choice, Wyndham o Hyatt. De hecho, en la última ronda de financiación, Airbnb fue evaluado como equivalente a la marca Hilton. Pero cual flujo de ingresos estos inversores están considerando para Airbnb?
Con tráfico y el inventario envidiables, Airbnb ha rivalizado con las OTAs más grandes y hay quienes sostienen que asociarse con la empresa proporcionaría una alternativa para los hoteles frente a las principales agencias de viajes online. De hecho, Airbnb se orienta cada vez más hoteles independientes que aparezcan en sus listas.
Hemos oído a algunos profesionales de la industria diciendo que éste es un caso en el que si usted no puede con ellos, debe unirse a ellos. Si ya estamos trabajando con agencias de viajes online, por qué no con Airbnb? Hay una ventaja sin precedentes para unirse a Airbnb? Mientras las OTAs generan negocios, la industria hotelera no debe subestimar el efecto de canibalización.
Ciertamente, cada hotel debe tener en cuenta que mientras más reservas recibimos de agencias de viajes online, más clientes que utilizaban el servicio de reserva directamente con nosotros lo están haciendo por medio de agencias online. Esta canibalización va a acabar? Según PhoCusWright, la participación de las agencias de viajes online en los negocios aumentó del 1,7% en 2000 a 17,7% en 2015. Hay que tener en cuenta el tamaño que este share alcanzará en cinco años. A este ritmo de crecimiento, el negocio sigue siendo rentable?
A medida que consideramos la posibilidad de trabajar con Airbnb, debemos tener cuidado porque a menudo la historia se repite.
Sobre el autor
David Kong es presidente y CEO de la cadena Best Western Hotels & Resorts desde 2004. La compañía tiene cerca de 4.200 hoteles en más de 110 países con ingresos anuales superiores a los $ 6 mil millones.[:]